terça-feira, 31 de julho de 2012

A Rainha e o Mago.



Em 31 de julho de 1965 nascia em Yate (Inglaterra) a mulher que anos depois revolucionaria a literatura fantástica e juvenil. Joanne Rowling escreveu seu primeiro livro aos seis anos de idade, o qual deu o título de "Rabbit, a história de um coelho chamado Rabbit".
Na escola, durante sua adolescência, tinha um melhor amigo chamado Sean Harris. Junto com o garoto fugia das aulas sem graça em um lindo Ford Anglia 105E Deluxe. O segundo livro de Harry Potter foi dedicado a ele: "motorista do carro de fuga e amigo dos dias tempestuosos".
Foi para faculdade e por mais que queria fazer Inglês, seus pais a pressionaram a fazer algo que valesse a pena profissionalmente, e ela ingressou no curso de Francês e Línguas Clássicas da Universidade de Exeter.
Quando o namorado de Jo em Exeter foi morar em Manchester, ela passou a procurar um apartamento lá por perto. Mas foi uma escolha errada e ela decidiu voltar para Londres. E foi nesse ponto de sua história que marca a vida, não só dela, mas de milhões de pessoas no mundo inteiro.
Na viagem de Manchester para Londres, Jo teve uma ideia: Harry Potter. Segundo ela, Harry "simplesmente entrou na minha cabeça inteiramente formado" e quando chegou em King's Cross praticamente todos os personagens principais já tinham tomado forma.
O primeiro livro de Harry Potter demorou até ser concluído. Muitas coisas aconteceram nesse meio tempo, o que impediu Jo de seguir. Anne Rowling morreu de esclerose múltipla depois de muitos anos tentando combater a doença. A morte da mãe foi muito forte para a filha.
Logo depois, Joanne foi para Portugal tentar uma nova vida. Trabalhava lá dando aulas de inglês. Foi em Portugal que conheceu o jornalista Jorge Arantes, seu primeiro marido. Jorge era infiel, ciumento e possessivo e o relacionamento era tempestuoso. Tiveram uma filha chamada Jessica e Jo separou-se de Jorge depois que este a arrastou para fora de casa. Joanne resgatou sua filha e os manuscritos de Harry Potter e voltou para o Reino Unido.
Foi morar em Edimburgo, na Escócia. Lá, estava sem dinheiro, sem emprego e com sua filha pequena para cuidar. Foi mais ou menos nessa época que sofreu depressão e isso foi algo que inspirou a criação dos dementadores no terceiro livro. Voltou a escrever Harry Potter, enquanto procurava emprego e cuidava de sua filha.
Harry Potter e a Pedra Filosofal, depois de passar pelas mãos de muitos editores que o recusaram por "falar de colégios internos e bruxaria" chegou até o agente literário Christopher Little, que achou genial e quis publicá-lo. Ele foi lançado na Inglaterra em 1997 pela editora Bloomsbury. A vida de Jo Rowling finalmente tinha mudado e desde então, ela se dedicou a escrever os 6 livros restantes.
Em três anos Jo Rowling deixou de ser uma mãe na assistência social e se tornou uma das mais ricas mulheres em toda Grã-Bretanha. Em 2000, ela fundou a "Volant Charitable Trust" que fornece auxílio a crianças, famílias sustentadas por só uma pessoa e pessoas com esclerose múltipla.
A cada 30 segundos, uma pessoa no mundo começa a ler um livro de Harry Potter. É estimado que mais de 400 milhões de cópias já foram vendidas ao redor do mundo.

Joanne continua a escrever.

Hoje, 31 de julho de 2012, essa nossa Rainha (como nós potterheads costumamos chama-la) está completando 47 anos. Harry Potter completa nesse mesmo dia 32 anos.

Feliz Aniversário Jo! Feliz Aniversário Harry!



terça-feira, 3 de julho de 2012



Por isso que eu adoro Mafalda. "Gracias" Quino, por suas tirinhas que movem pensamentos.

A questão do caráter.


Há tempos venho me perguntando o que aconteceria se no mundo, não vivessem pessoas originais, gente com sua própria personalidade e com suas próprias ideias. A minha conclusão é a seguinte: o mundo acabaria. Quando falo em acabar, não quero dizer de ele sumir, ou explodir do nada. Mas sim, que o planeta seria um lugar tão pobre, tão monótono, tão vazio, que não seria mais o nosso lar.

Onde eu quero chegar? Quero tentar fazer algo pela humanidade, fazer com que as pessoas percebam o que estão fazendo consigo mesmas. Necessito mostrar o que penso. Afinal, todo ser humano precisa demostrar suas ideias. Ao contrário, ele não seria humano.

Começamos então.

Toda pessoa tem a sua fase em que ela sente que precisa ser aceita pela sociedade. Esse sentimento tem princípio na nossa infância e desenvolve-se na adolescência. Aqui, é necessário não confundir adolescência com puberdade. Puberdade é a época em que ocorrem as mudanças que o nosso corpo se submete e toda aquela explosão de hormônios que você já está cansado de ouvir falar.  Já a adolescência é o psicológico de tudo isso. É o período de questionamentos, de mudanças, de formação de ideias e do seu caráter. E é aí também, na nossa querida adolescência, que aparecem os obstáculos para que a personalidade seja formada.

Acredito eu, que para a formação do caráter de cada um, existem vários fatores. E um dos mais importantes, senão o principal, são as influências que recebemos do meio externo. Pense quantas pessoas influenciam na sua vida. Para começar, a família, que é o vínculo mais forte que existe. Você convive com essas pessoas dia após dia, sente algo infinito por elas, o amor fraterno. E essas são as pessoas que mais vão te influenciar. Por segundo, estão os seus amigos, que são uma espécie de família número 2. Sempre temos os mais chegados, aqueles amigos mais íntimos, que te entendem e que gostam de ti da maneira que você é. Eles, claro, também te influenciam. O terceiro meio de influências seria o professor. Na escola, aprendemos, e aprendendo, formamos ideias e opiniões. Temos ainda outras coisas que nos influenciam, que seriam os meios de comunicação, mas isso foge um pouco do assunto que estou tratando.

Bom, o que eu percebo, no ambiente em que vivo, é que as influências estão passando dos limites. E finalmente cheguei ao ponto principal do assunto. A popularidade. Como dizia, na adolescência aparecem diversas barreiras para a formação do seu caráter. A questão da popularidade é uma delas. Querer ser popular te obriga a deixar de lado coisas que você pensava, mudar (muitas vezes pra pior) e querer ser alguém que você não é, só para agradar os outras pessoas que daqui a alguns anos nem vão lembrar seu nome. É certo que devemos tratar de ser aceitos na sociedade. Mas cada um com a sua personalidade, moldada pelas pessoas que te amam. Soa como algo tão imaturo ter que vestir uma roupa que você não gosta, apenas por pensar que esse ou aquele vai gostar de te ver assim. Se você não gosta de algo, não gosta e fim da história. Mas poucos se dão conta disso. Tenho o pesar que dizer que isso acontece em toda parte. Eu mesma conheço pessoas que eram de um jeito antes, e que na adolescência viraram outras completamente diferentes. E isso sempre muda pra pior, pois elas deixam de ser quem são, para se tornar algo que não são. Por isso que esse padrão de vida que a sociedade impõe hoje em dia é algo tão banal. Não vemos mais cabeças, não vemos mais tantos jovens discutindo ideias, não vemos mais pessoas de caráter. É tudo igual. Tudo. E poucos sentem a necessidade de mudar isso. É necessária uma sociedade igualitária sim, mas que seja em respeito e não em ideias.

Então, se você é um jovem que possui essa preocupação de ser popular, ter vários amigos e ser conhecido, te digo que isso é desnecessário. Não mude seu jeito para que os outros gostem de você. Continue você mesmo, porque é assim que realmente as pessoas vão te achar interessante. Você terá menos amigos, mas os verdadeiros. E também terá a certeza de que é alguém e faz a diferença no mundo. Porque as pessoas com personalidade são mais inteligentes, mais espertas e muito melhores.