sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Música à meia-noite.

Trecho de uma história que estou escrevendo para mim mesma.
"Eu estava no colégio. E por toda parte, Lucas aparecia. Mas quando eu tentava chegar ao seu encontro, ele simplesmente evaporava. Na entrada do colégio, no corredor, na biblioteca, na sala de aula. Eu tentava tocá-lo, mas era como pegar fumaça. Na verdade, eu sentia tanta vontade de tê-lo perto de mim. Já estava entrando em desespero profundo quando algo bateu na janela. E acordei.
Tinha alguma coisa batendo mesmo na janela do meu quarto aquela noite. Se eu acordei ansiosa, tudo piorou com essa situação. Era como se estivessem atirando pedras contra as venezianas. Devia ser um chamado. Olhei o relógio: era meia-noite. E dessa vez ninguém me ligou como já era de costume. Mas algo diferente aconteceu. Uma música começou a tocar do lado de fora da casa. Era instrumental, tão bonita. Fui até a janela um pouco hesitante e a abri devagar. E ali, no terreno baldio do lado de casa e de frente para a janela do meu quarto, estava um som ligado. E não havia nada mais naquele lugar.
– Você não sabe o que me aconteceu.
– O quê?
– Essa noite, do nada, alguém colocou uma música tocar pra mim no terreno vazio do lado de casa.
– Mesmo?
– Sim, e o mais estranho ainda é que deixaram o som lá, sem ninguém.
– Que louco!
– É o que eu digo."

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